KPIs de Logística: o que são, principais indicadores e como aplicar na sua empresa

Em um setor tão dinâmico quanto a logística, tomar decisões com base em dados confiáveis é o que separa operações eficientes de processos reativos e desorganizados. É nesse cenário que os KPIs de logística se tornam indispensáveis: eles oferecem uma visão clara do desempenho das operações e permitem que os gestores atuem com precisão para melhorar continuamente cada etapa da cadeia. 

Muito mais do que métricas isoladas, eles ajudam a traduzir os números da operação em insights acionáveis. Os indicadores logísticos certos ajudam a identificar gargalos, antecipar riscos e alinhar os objetivos da empresa à realidade operacional. Seja para controlar custos, medir a eficiência de processos ou sustentar decisões em projetos de expansão, os KPIs são ferramentas estratégicas que impulsionam a competitividade e a tomada de decisão baseada em resultados concretos.   

Neste artigo, você vai conhecer os principais KPIs logísticos que ajudam a monitorar, com precisão, o desempenho da sua operação e entender como a tecnologia pode ser uma aliada estratégica para transformar dados em decisões mais ágeis e inteligentes. Se a sua meta é operar com inteligência, reduzir custos e tomar decisões baseadas em dados reais, este conteúdo é para você!

O que é KPI em logística?

KPIs da logística são indicadores estratégicos que permitem medir, analisar e aprimorar continuamente os processos. Eles são utilizados para metrificar a performance das atividades logísticas de uma empresa, oferecendo uma visão objetiva e mensurável da operação. Auxiliam os gestores na identificação de gargalos e no aumento da eficiência, bem como na conexão entre as estratégias operacionais e os objetivos corporativos. 

Eles estão relacionados à agilidade, organização, segurança dos itens e das pessoas, sendo indispensáveis para acompanhar e avaliar o desempenho de atividades como transporte, controle de estoques, distribuição e atendimento ao cliente. Existem KPIs voltados para redução de custos, aumento da produtividade, aceleração das vendas e muito mais. 

Sua principal função é apontar onde estão as oportunidades de melhoria, os pontos de prejuízo e as falhas que, se não corrigidas, podem comprometer a reputação da empresa no longo prazo. Com os indicadores certos, os gestores conseguem enxergar com clareza o cenário real da operação e agir de maneira estratégica para eliminar gargalos e elevar o desempenho, transformando dados em ações.

Por meio deles, é possível antecipar riscos, implementar melhorias rapidamente e mensurar o impacto das mudanças na operação. Isso está diretamente relacionado a uma cultura data-driven, ou seja, decisões tomadas com base em dados concretos. Essa abordagem contribui para escolhas mais assertivas, como a aquisição de novos equipamentos, contratações mais estratégicas ou ajustes nos processos internos. 

Além de orientar a tomada de decisão, os KPIs incentivam uma cultura de evolução contínua dentro das empresas. Quando utilizados de forma eficiente, eles estimulam toda a equipe a buscar melhores resultados, fortalecendo o engajamento e a colaboração. Isso se reflete em uma operação mais fluida, em um serviço de maior qualidade e, consequentemente, em uma experiência mais positiva para o cliente. Por isso, entender o papel dos KPIs e saber como aplicá-los é essencial para empresas que desejam se destacar e crescer de forma sustentável. 

Qual a importância de monitorar os KPIs de logística?

Acompanhar os KPIs logísticos é uma prática indispensável para garantir uma gestão eficiente e alinhada aos objetivos do negócio. Esses indicadores são responsáveis por oferecer uma visão clara sobre o desempenho operacional, permitindo que gestores identifiquem falhas com agilidade e realizem ajustes antes que comprometam a performance da cadeia de suprimentos. 

Mais do que medir, monitorar KPIs significa traduzir dados em decisões inteligentes. Isso permite agir de forma preventiva, reconhecer gargalos e alinhar os recursos da empresa com maior precisão. Com base em informações concretas, é possível compreender onde estão os desvios, otimizar rotinas e elevar o padrão dos serviços prestados. 

Ao monitorar indicadores de performance, a empresa pode: 

• Detectar falhas nos processos e entender suas causas. 

• Melhorar a eficiência operacional com foco em produtividade. 

• Mapear pontos fortes, tendências e espaços para inovação. 

• Avaliar o progresso ao longo do tempo com base em comparações realistas. 

• Controlar despesas e impulsionar a eficiência financeira. 

• Tomar decisões fundamentadas em dados consistentes. 

• Aprimorar o atendimento ao cliente, entregando mais valor e conquistando a sua lealdade. 

• Captar novos clientes. 

• Elevar a taxa de retenção de clientes.   

• Melhorar a experiência de compra, a satisfação e, assim, impulsionar o número de vendas e o valor do ticket médio de transações. 

Estudos reforçam esses resultados: uma pesquisa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás revelou que organizações que utilizam indicadores como apoio à gestão alcançam benefícios tangíveis, como a redução de custos operacionais, aumento da produtividade e maior satisfação dos clientes — efeitos diretos de uma logística mais bem estruturada. Monitorar indicadores de desempenho logístico, como tempo médio de entrega, acuracidade de inventário ou custo por pedido processado também possibilita uma leitura mais estratégica do mercado. 

A empresa consegue prever picos de demanda, preparar-se para oscilações e mitigar riscos com mais eficiência. Isso se reflete em entregas pontuais, maior controle de estoques e experiência superior para o consumidor. Além disso, essa prática fortalece a capacidade de adaptação da empresa frente às mudanças do setor. Com uma logística baseada em dados, é possível criar estruturas mais sólidas para crescer com previsibilidade, aumentando a competitividade no médio e longo prazo. 

Como destacou uma pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina, o processo de coletar, analisar e interpretar dados exige comprometimento, mas seus benefícios são inegáveis. Afinal, contra dados bem estruturados, não há espaço para especulações — apenas para decisões mais certeiras e estratégias mais eficazes.  

Por fim, o monitoramento dos KPIs ajuda a consolidar uma cultura de melhoria contínua, em que cada resultado analisado se transforma em uma nova oportunidade de evolução. Além de facilitar o planejamento futuro, esse acompanhamento contínuo traz mais previsibilidade e confiança para escalar o negócio de forma sustentável. 

Quais são os KPIs mais usados na logística?

A definição dos indicadores logísticos mais relevantes depende diretamente dos objetivos estratégicos da empresa, das metas estipuladas e do perfil de operação. Uma gestão eficiente não se baseia na análise isolada de um único KPI, mas sim em uma visão ampla e integrada de todas as áreas logísticas, combinando diferentes métricas para entender a performance completa.

Em geral, os principais indicadores estão organizados em cinco grandes frentes de análise: 

1. Estoque   

2. Armazenagem  

3. Transporte 

4. Consumidor final 

5. Global 

1. Estoque 

Nível de estoque

Esse indicador mede o volume de itens armazenados em relação ao consumo médio ou à demanda prevista. Acompanhar esse KPI é essencial para manter o equilíbrio entre a disponibilidade de produtos e a necessidade de evitar excessos que impactam o capital de giro. 

Nível de estoque de segurança

Avalia a quantidade de produtos reservados para situações imprevistas ou variações na demanda. Esse indicador é especialmente importante para empresas que operam em mercados com alta volatilidade ou com fornecedores sujeitos a atrasos. 

Taxa de precisão de estoque

Reflete o grau de acuracidade entre os registros do sistema e a realidade física do estoque. Monitorar essa taxa evita discrepâncias que podem comprometer a operação e os níveis de atendimento ao cliente. 

Giro de estoque

Esse KPI indica a frequência com que os produtos são renovados em determinado período. É calculado dividindo o custo das mercadorias vendidas pelo valor médio do estoque. Um giro elevado sugere boa rotatividade e menor risco de obsolescência. 

Fórmula:

• Giro de estoque = Custo das mercadorias vendidas / Estoque médio 

Estoque médio

O estoque médio indica a quantidade média de produtos armazenados em um período, sendo essencial para manter o equilíbrio entre disponibilidade e custo de armazenagem. Esse KPI permite entender se os níveis de estoque estão adequados à demanda, ajudando a evitar tanto faltas quanto excessos. Seu cálculo é simples: soma-se o estoque inicial e final de um período e divide-se por dois. Apesar da simplicidade, ele oferece insights valiosos sobre o ritmo de reposição, eficiência logística e impacto no capital de giro. 

Fórmula: 

• Estoque médio = (Estoque inicial + Estoque final) / 2 

Manter esse indicador sob controle melhora o planejamento de compras e reduz desperdícios, contribuindo para uma operação mais enxuta e eficiente. 

2. Armazenagem

O processo de armazenagem é integrado com estoque, transporte e outros. Nesse contexto, conheça alguns KPIs bastante interessantes para avaliar essa etapa. 

Índice de precisão no picking

Esse indicador mede a eficiência do processo de separação de pedidos, com base na quantidade de ordens corretamente preparadas. Um alto índice contribui para a redução de erros nas entregas e melhora a experiência do cliente. 

Índice de erros, avarias e extravios

Monitora a ocorrência de falhas durante o armazenamento, manuseio ou expedição dos produtos. Engloba incidentes como produtos danificados, extraviados ou entregues incorretamente.

Fórmula:

• (Quantidade de pedidos com erro + com avaria + com extravio) / Total de pedidos x 100 

Encomendas despachadas dentro do prazo

Esse indicador mede a pontualidade do despacho dos pedidos em relação ao prazo interno definido. Foca na eficiência da expedição — embalagem, emissão de documentos e envio ao transportador — antes mesmo da entrega final ao cliente. Manter um bom desempenho nesse KPI reduz atrasos na cadeia logística e aumenta a previsibilidade operacional. 

Fórmula: 

•  (Encomendas despachadas no prazo / Total de encomendas processadas) x 100 

É uma métrica útil para identificar gargalos internos e melhorar o fluxo de saída, impactando diretamente na agilidade das entregas. 

Índice de desempenho de armazéns (warehouse performance index)

Avalia a performance geral dos armazéns, levando em conta fatores como agilidade no processamento de pedidos, precisão nas operações e capacidade de movimentação de produtos. 

Conferência do inventário

Refere-se à eficiência no processo de checagem dos itens em estoque, que depende diretamente de um layout bem estruturado e de uma armazenagem organizada. Esse processo impacta diretamente a acuracidade dos dados e a confiabilidade do inventário. 

3. Transporte

A gestão de transporte é uma das áreas mais críticas da logística, pois envolve o deslocamento físico de mercadorias e impacta diretamente na experiência do cliente final. Para garantir a eficiência dessa etapa, alguns KPIs são indispensáveis no monitoramento do desempenho. 

On-time shipping

Esse indicador mede a pontualidade no despacho de pedidos, ou seja, se a expedição dos produtos ocorreu dentro do prazo previsto. Ele é útil para avaliar a eficiência dos processos internos antes do envio, como separação, conferência, embalagem e liberação para transporte. 

Fórmula:

•  (On-time shipping = Pedidos despachados no prazo / Total de pedidos processados) x 100 

Manter esse KPI em níveis altos demonstra organização operacional e ajuda a identificar gargalos antes mesmo da etapa de entrega ao cliente. 

On-time delivery

O OTD mede a pontualidade das entregas ao cliente, sendo um dos indicadores mais valorizados para avaliar o desempenho logístico. Ele revela se os pedidos chegaram no tempo prometido, independentemente do modal ou distância. 

Fórmula: 

• OTD = (Entregas dentro do prazo / Total de entregas realizadas) x 100 

Altos índices de OTD estão diretamente ligados à satisfação do cliente e à credibilidade da operação. Acompanhar essa métrica permite corrigir desvios rapidamente e evitar custos com retrabalho ou penalidades contratuais. 

OCT (order cycle time/tempo de entrega)

O Order Cycle Time (OCT) é um dos indicadores mais relevantes para mensurar a eficiência da operação logística como um todo. Ele mede o tempo total decorrido entre o recebimento de um pedido e a sua entrega ao cliente final. Trata-se de um KPI fundamental para avaliar a agilidade da cadeia de suprimentos e a capacidade da empresa de cumprir prazos de forma consistente. 

Esse indicador leva em conta todas as etapas envolvidas na jornada do pedido — desde o momento em que a solicitação é confirmada no sistema, passando pela separação no estoque, expedição e transporte, até a entrega no destino final. Por isso, ele reflete diretamente o desempenho de diferentes áreas, como vendas, logística interna, supply chain e transportadoras parceiras. 

Empresas com um OCT reduzido conseguem responder com mais rapidez às demandas do mercado e se tornam mais competitivas. Além disso, esse tempo mais curto também representa menos custos com armazenagem e menor risco de insatisfação do cliente. 

Fórmula: 

• OCT = (Data da entrega – Data do pedido) / Número total de pedidos enviados 

Monitorar esse KPI continuamente permite identificar gargalos no fluxo logístico, ajustar processos e estabelecer metas realistas de melhoria. Em mercados onde tempo é sinônimo de valor, o OCT é uma ferramenta estratégica para impulsionar a performance operacional. 

Perfect order rate

O Perfect Order Rate é um KPI que mede o índice de pedidos entregues de forma perfeita — ou seja, sem erros, atrasos, faltas de itens, avarias ou devoluções. Esse indicador combina diferentes aspectos da logística e apresenta uma visão integrada sobre a qualidade da entrega, refletindo o alinhamento entre áreas como estoque, picking, expedição e transporte. 

Para que um pedido seja considerado “perfeito”, ele precisa ser entregue no prazo acordado, com todos os produtos corretos, nas quantidades exatas e em perfeito estado. Por isso, esse KPI é um dos mais completos para avaliar o desempenho logístico e a confiabilidade da operação. 

Manter um alto índice de Perfect Order Rate significa que a empresa tem processos bem definidos, integração entre sistemas e times bem treinados, resultando em maior satisfação do cliente e menor incidência de retrabalhos ou reclamações. 

Fórmula:

• Perfect Order Rate = (Número de pedidos entregues sem falhas / Total de pedidos) x 100 

Utilizar esse indicador de forma estratégica contribui para uma gestão logística mais precisa e orientada por dados. Ele também é essencial para identificar pontos críticos na jornada do pedido e aplicar melhorias contínuas que fortalecem a reputação da marca e a fidelização dos clientes. 

4. Consumidor final

On-time in full (OTIF)

O OTIF (On-Time In Full) é um dos KPIs mais completos quando o assunto é avaliação da entrega ao cliente. Ele considera dois fatores cruciais: pontualidade e completude. Em outras palavras, mede a porcentagem de pedidos que chegaram ao destino no prazo combinado e com todos os itens corretos, nas quantidades exatas e em perfeito estado. 

Esse indicador oferece uma visão precisa da consistência operacional da empresa, já que combina a performance logística com a precisão do atendimento. Se um pedido chega dentro do prazo, mas com itens trocados ou incompletos, ele é automaticamente classificado como falha no OTIF. A aplicação desse KPI permite identificar falhas em múltiplas etapas do processo — da separação de pedidos ao transporte — e ajuda a estruturar melhorias voltadas à excelência no atendimento. 

Fórmula:

• OTIF = (Número de pedidos entregues completos e no prazo / Total de pedidos realizados) x 100 

Um OTIF elevado demonstra eficiência operacional e fortalece a relação com o cliente. Já uma taxa baixa pode indicar necessidade de revisar processos, alinhar fornecedores e reforçar a gestão da cadeia de suprimentos. 

Tempo de entrega

Esse KPI mede o tempo total entre o momento em que o pedido é realizado e a entrega ao cliente final. Ele é fundamental para avaliar a agilidade do processo logístico e sua capacidade de atender às expectativas dos consumidores. Um tempo de entrega mais curto indica eficiência na separação, despacho e transporte das mercadorias. Por outro lado, atrasos frequentes sinalizam gargalos operacionais que podem comprometer a experiência do cliente e gerar impactos financeiros, como multas ou devoluções. Monitorar essa métrica ajuda a identificar oportunidades de melhoria e ajustar prazos de SLA de forma mais realista e estratégica. 

Tempo de ciclo de pedido

O tempo de ciclo de pedido mensura quanto tempo é necessário para concluir uma ordem de produção ou processamento logístico, desde o recebimento da solicitação até a entrega do produto acabado. É uma métrica que mostra claramente o quão ágil e eficaz é o fluxo interno da operação. Esse KPI é importante porque permite avaliar a integração entre áreas como produção, estoque, picking e transporte. Quanto menor o ciclo, maior a agilidade da operação e melhor a resposta ao mercado. Reduzir o tempo de ciclo de pedido contribui diretamente para o aumento da competitividade e da satisfação do cliente, além de ajudar a equilibrar os níveis de estoque e reduzir custos operacionais. 

Taxa de erro de pedidos

Esse indicador mede a porcentagem de pedidos que apresentaram erros — seja no conteúdo, na quantidade, no tipo de produto ou na forma de entrega. Um KPI crítico para avaliar a confiabilidade da operação, especialmente em empresas com grande volume de envios. A taxa de erro impacta diretamente a percepção do cliente sobre a marca. Pedidos com itens trocados, incompletos ou em desacordo com o solicitado geram retrabalho, aumentam o custo logístico e podem comprometer a fidelização. Ao monitorar essa taxa, é possível identificar padrões de falhas, promover treinamentos, revisar processos e fortalecer os controles de qualidade. 

Taxa de devoluções

A taxa de devoluções mede a porcentagem de produtos que os clientes devolvem após a compra. Esse indicador é essencial para identificar falhas relacionadas à qualidade do produto, divergências de pedido ou problemas com o atendimento e logística. Um índice elevado pode revelar inconsistências em diferentes etapas da operação — desde a descrição do produto na plataforma de vendas até o processo de entrega. 

Fórmula: 

• Taxa de devoluções = (Produtos devolvidos / Total de produtos vendidos) x 100 

Controlar esse KPI permite agir de forma preventiva e implementar melhorias que reduzam retrabalhos e aumentem a satisfação dos clientes. 

Experiência do cliente

Avaliar a experiência do cliente é fundamental para entender como o público percebe os serviços prestados. Essa percepção pode ser medida por diferentes indicadores, entre eles: 

• Star Rating: Avaliação em formato de estrelas (geralmente de 1 a 5), refletindo a satisfação com a entrega ou serviço prestado em uma transação específica. 

• NPS (Net Promoter Score): Métrica que mede a probabilidade de um cliente recomendar sua empresa a outros, com base em uma pergunta simples: “De 0 a 10, quanto você nos recomendaria?”. O resultado oferece uma visão mais ampla da relação do cliente com a marca como um todo. 

A análise da experiência do cliente fornece insumos valiosos para promover melhorias contínuas, fidelizar o público e fortalecer a reputação da empresa no mercado. 

5. Global

Custo operacional total (custo logístico total)

O custo operacional total, também conhecido como custo logístico total, é um dos KPIs mais relevantes para avaliar a saúde financeira da operação logística como um todo. Ele contempla a soma de todos os gastos envolvidos na movimentação de produtos — desde o armazenamento até o transporte final — e fornece uma visão completa dos impactos econômicos da logística para o negócio. 

Esse indicador é especialmente útil para identificar pontos de ineficiência e oportunidades de economia, além de auxiliar na definição de estratégias que mantenham a competitividade da empresa frente ao mercado. O cálculo considera diferentes categorias de custo, como: 

• Custos de transporte: despesas com combustível, manutenção de veículos, pedágios, seguros, entre outros. 

• Custos de armazenagem: gastos com aluguel de depósitos, consumo de energia, sistemas de segurança e climatização. 

• Custos com mão de obra: remunerações, encargos trabalhistas, treinamentos e benefícios do time operacional e administrativo. 

• Custos com tecnologia e equipamentos: aquisição, manutenção e atualização de ferramentas, sistemas e máquinas utilizadas no gerenciamento logístico. 

Ao acompanhar esse KPI com regularidade, a empresa pode reavaliar processos, renegociar contratos com fornecedores, revisar rotas logísticas e até mesmo implementar automações — tudo com o objetivo de reduzir desperdícios e tornar a operação mais enxuta e eficiente. Em um cenário onde a margem operacional é cada vez mais apertada, manter o Custo Operacional Total sob controle é essencial para garantir sustentabilidade, lucratividade e competitividade de longo prazo. 

Custo de transporte

O Custo de Transporte é um dos componentes mais representativos dentro da estrutura de custos logísticos. Esse KPI tem como objetivo mensurar todas as despesas relacionadas ao deslocamento de mercadorias — seja em âmbito nacional ou internacional — do ponto de origem até o destino final. Essa métrica permite avaliar a rentabilidade das operações de transporte e identificar oportunidades de otimização, seja por meio da escolha de rotas mais econômicas, renegociação com transportadoras ou uso de modais mais eficientes. 

Além disso, ela oferece dados importantes para decisões estratégicas que impactam diretamente a competitividade da empresa. Para entender o Custo de Transporte de forma clara, ele pode ser segmentado em três categorias principais: 

• Custos fixos: valores que não variam conforme o volume ou distância, como salários de motoristas, seguros, depreciação de veículos, licenças e tributos. 

• Custos variáveis: diretamente ligados à operação, como combustível, pneus, lubrificantes e manutenção corretiva, que se ajustam de acordo com a carga transportada e os quilômetros percorridos. 

• Custos adicionais: encargos pontuais ou imprevisíveis, como pedágios, multas, taxas emergenciais e custos por atrasos ou devoluções. 

Fórmula: 

• Custo total de transporte = custo fixo + custo variável + custo adicional 

Monitorar esse KPI com regularidade permite maior controle financeiro sobre a operação e contribui para a construção de uma logística mais sustentável e eficaz. Ao manter os custos sob controle, a empresa pode melhorar sua margem operacional e oferecer soluções mais competitivas ao mercado. 

Custo de frete por evento

Você realmente sabe quanto é o seu custo do frete em cada operação? Muitas vezes, a margem de lucro poderia ser significativamente maior se esses valores fossem otimizados. O KPI de custo de frete por evento é essencial para dar visibilidade a esse dado. Ele mostra, de forma clara, quanto está sendo gasto com transporte em cada movimentação específica — seja uma importação pontual, um embarque consolidado ou uma entrega urgente. 

Com esse indicador em mãos, sua equipe pode identificar variações fora do padrão, entender onde estão os maiores impactos financeiros e buscar alternativas mais eficientes. Monitorar esse KPI permite à empresa alinhar o planejamento logístico com a estratégia financeira, encontrar oportunidades de economia e manter toda a operação informada sobre os reais custos envolvidos. Na prática, é o tipo de métrica que ajuda a transformar o frete de um centro de custo para um diferencial competitivo. 

Custo por pedido

O KPI de Custo por Pedido calcula o valor médio investido pela empresa para processar e entregar cada pedido ao cliente final. Ele agrega diversas etapas do fluxo logístico — como armazenagem, separação, manuseio, embalagem, emissão de documentos e transporte — permitindo uma análise abrangente da eficiência operacional. 

Essa métrica é essencial para avaliar a rentabilidade das operações, principalmente em ambientes com alto volume de pedidos ou demandas sazonais. Acompanhar este indicador ajuda a identificar oportunidades de automação, renegociação de contratos logísticos e ajustes no layout de armazenagem, contribuindo para um controle mais preciso dos custos envolvidos em cada venda realizada. 

Time to market

O Time to market mensura o tempo necessário para que um novo produto ou serviço esteja disponível para comercialização após sua concepção. Em mercados cada vez mais dinâmicos, esse KPI é estratégico para avaliar a agilidade da empresa em transformar ideias em soluções reais, com impacto direto na competitividade. 

Além de revelar a eficiência dos processos internos — como desenvolvimento, produção, testes, aprovação e lançamento — ele também permite identificar gargalos que podem atrasar a entrada no mercado. O ideal é manter esse tempo o mais curto possível, sem comprometer a qualidade, para responder com velocidade às demandas do público-alvo. 

Fórmula: 

• Time to Market = Data de lançamento – Data de início do desenvolvimento 

Nível de serviço 

O Nível de Serviço mede a capacidade da empresa de atender aos pedidos dos clientes dentro do prazo e com a qualidade esperada. Esse KPI é fundamental para avaliar a performance da cadeia de suprimentos e a consistência do atendimento. Ele reflete diretamente na satisfação e na fidelização do cliente, pois demonstra o quanto a operação é capaz de cumprir seus compromissos de forma eficiente. Monitorar essa métrica também permite identificar falhas recorrentes em prazos, qualidade ou acuracidade de pedidos, possibilitando ações corretivas mais rápidas e assertivas. 

Índice de desempenho de fornecedores (supplier performance index)

O Supplier Performance Index avalia o desempenho dos fornecedores de maneira mais ampla do que apenas custo. O indicador leva em conta aspectos como: 

• Pontualidade nas entregas: cumprimento dos prazos acordados.

• Qualidade dos materiais ou produtos fornecidos: conformidade técnica e ausência de defeitos. 

• Condições contratuais e flexibilidade: capacidade de resposta em situações emergenciais ou ajustes de volume. 

Esse KPI é crucial para manter a previsibilidade da cadeia logística e mitigar riscos associados a falhas de abastecimento. Ele também contribui para decisões estratégicas sobre manutenção ou substituição de fornecedores. 

Sustentabilidade logística

A Sustentabilidade Logística analisa os impactos ambientais gerados pelas operações. Esse KPI ganhou relevância nos últimos anos diante das exigências de ESG e das novas preferências de consumo consciente. Os principais fatores monitorados incluem: 

• Emissões de carbono das rotas logísticas.

• Consumo energético dos centros de distribuição.

• Uso eficiente de embalagens e recursos naturais. 

Empresas que acompanham essa métrica conseguem alinhar seus processos à responsabilidade socioambiental e gerar valor para a marca junto aos stakeholders. Saindo um pouco do âmbito das operações logísticas, existem outros KPIs estratégicos que podem ser adotados pelo seu negócio, como a taxa de conversão em vendas, o Custo de Aquisição de Clientes (CAC) e o Retorno Sobre o Investimento (ROI). 

Taxa de conversão em vendas

Mede a proporção de leads ou oportunidades que se transformam em clientes reais. É essencial para avaliar a eficiência das ações comerciais e entender a atratividade da proposta de valor. 

Custo de aquisição de clientes (CAC)

O CAC representa quanto a empresa investe, em média, para conquistar um novo cliente. Para calcular, basta dividir o total investido em marketing e vendas pelo número de novos clientes adquiridos no período. Essa métrica permite ajustar estratégias e equilibrar crescimento com sustentabilidade financeira. 

ROI (retorno sobre o investimento)

O ROI indica o retorno gerado por determinada ação ou projeto, comparando lucro obtido versus investimento realizado.

Fórmula: 

• ROI = (Ganho – Custo) / Custo x 100

Esse KPI é essencial para priorizar investimentos e validar a eficiência de ações que envolvem tecnologia, capacitação ou melhorias operacionais. O ROI é um indicador essencial para avaliar a eficiência de um investimento e sua capacidade de gerar retorno financeiro real para a empresa. Um índice elevado de ROI demonstra que os recursos foram aplicados de maneira estratégica, com retorno proporcionalmente relevante — o que reforça a sustentabilidade do negócio no médio e longo prazo. 

Por outro lado, um ROI abaixo do esperado pode sinalizar que o investimento não está sendo tão eficaz quanto previsto. Nesses casos, é preciso reavaliar o direcionamento estratégico, buscando alternativas mais alinhadas com os objetivos da empresa. Essa métrica não se restringe a aquisições tecnológicas ou operacionais: também pode — e deve — ser aplicada em áreas como marketing, capacitação de equipes e novos processos. 

Esses são apenas alguns exemplos de KPIs aplicáveis à logística, mas representam pilares fundamentais para uma gestão orientada por dados. Ao combinar diferentes métricas, é possível obter uma visão aprofundada da operação, identificar gargalos, antecipar tendências e tomar decisões com mais precisão e agilidade. 

Além de potencializar resultados internos, os KPIs impactam diretamente na experiência do cliente, reforçando a competitividade e o posicionamento da marca no mercado. Por isso, selecionar indicadores adequados ao perfil da sua operação e alinhados aos seus objetivos estratégicos é o caminho mais eficaz para alcançar eficiência na gestão logística, redução de custos e garantia da qualidade do serviço entregue. 

Como definir os KPIs de logística ideais para o seu negócio?

Os KPIs logísticos são ferramentas indispensáveis para alcançar eficiência, reduzir custos e tomar decisões estratégicas com base em dados concretos. Quando bem definidos, eles direcionam os esforços operacionais, evidenciam gargalos e abrem espaço para otimizações consistentes ao longo de toda a cadeia de suprimentos. 

No entanto, mais do que simplesmente escolher indicadores genéricos, é fundamental alinhar cada KPI aos objetivos estratégicos da empresa, ao perfil dos clientes atendidos e às especificidades do mercado em que a organização atua. Um bom KPI precisa ser mensurável, representado por um número ou percentual, e relevante o suficiente para orientar ações de melhoria contínua. A seguir, veja como estruturar essa escolha de forma assertiva. 

Etapas para definir KPIs logísticos relevantes

1. Alinhe com os objetivos estratégicos da empresa

O primeiro passo é compreender com clareza as metas do negócio. Se o foco for aumentar a satisfação do cliente, por exemplo, os indicadores relacionados à pontualidade nas entregas e precisão dos pedidos devem estar no topo da lista. Já se a prioridade for reduzir custos logísticos, KPIs de transporte e armazenagem podem ser mais apropriados. 

2. Mapeie os processos logísticos

Analise toda a jornada do pedido: da entrada no sistema até a entrega final. Isso ajuda a identificar quais etapas da operação são mais críticas e quais KPIs melhor traduzem a eficiência ou falhas nesses pontos. 

3. Faça benchmarking com o mercado

Comparar seus indicadores com os de empresas do mesmo setor pode trazer insights valiosos. Essa análise de referência permite entender quais métricas são mais relevantes e como a sua operação se posiciona diante da concorrência. 

4. Considere o feedback dos clientes

A voz do cliente é um termômetro preciso. Use feedbacks reais para identificar os pontos mais sensíveis da jornada logística — e monitore com atenção os KPIs diretamente relacionados à experiência de entrega, como OTIF (On-Time In Full), tempo de entrega e taxa de devoluções. 

5. Priorize flexibilidade e revisão contínua

A logística é dinâmica. O que é um bom indicador hoje pode perder relevância amanhã. Por isso, seus KPIs devem ser revistos periodicamente, com base em auditorias internas e ajustes de metas. Essa flexibilidade é o que mantém a gestão logística atualizada e competitiva. 

Boas práticas na gestão de KPIs

Para que os indicadores entreguem valor real à operação, alguns cuidados são indispensáveis. Identifique os processos críticos que mais impactam nas metas (como transporte, armazenagem, distribuição e estoque). Utilize tecnologias integradas para automatizar a coleta e análise de dados, otimizando a geração de relatórios e a identificação de tendências. 

Crie checklists de melhorias, com base nos KPIs mais sensíveis, para atuar diretamente sobre os gargalos e propor ajustes eficientes. Compartilhe os indicadores com os times envolvidos, garantindo alinhamento e engajamento com os objetivos da operação. 

KPIs como pilares da tomada de decisão 

KPIs logísticos não são apenas números — são instrumentos estratégicos que guiam a empresa rumo a um desempenho mais inteligente e sustentável. Quando aplicados com coerência e revisados regularmente, eles se tornam grandes aliados na busca por melhorias operacionais, crescimento escalável e maior competitividade. 

Ao escolher as métricas certas, sua empresa não apenas acompanha a performance, mas ganha clareza para agir, adaptando-se ao mercado e entregando valor real ao cliente — com eficiência, confiança e previsibilidade. 

Por que contar com a tecnologia para monitorar os KPIs na logística? 

Adotar tecnologia no monitoramento dos KPIs logísticos deixou de ser uma opção — tornou-se uma necessidade estratégica. Em um cenário onde a agilidade, a precisão e a competitividade definem os líderes de mercado, utilizar ferramentas tecnológicas adequadas permite transformar dados em decisões mais rápidas, assertivas e embasadas. 

Ao implementar sistemas integrados, ERPs, softwares de gestão logística e plataformas de análise de dados, as empresas ganham visibilidade completa da operação, do estoque ao transporte. Esses recursos automatizam a coleta de dados, reduzem erros manuais e tornam o acompanhamento de indicadores muito mais eficiente e dinâmico. 

Além disso, a tecnologia favorece uma gestão preditiva. Em vez de agir apenas sobre os problemas já ocorridos, é possível identificar padrões e antecipar riscos, otimizando os processos antes que prejudiquem o desempenho. Essa inteligência operacional resulta em mais controle, menos desperdícios, maior produtividade e entregas mais alinhadas às expectativas do cliente. 

Ao integrar tecnologia à gestão de KPIs, a empresa não apenas melhora sua performance, como também fortalece sua capacidade de adaptação às constantes mudanças do mercado. Isso é essencial para reduzir custos, elevar a qualidade do serviço e construir uma logística centrada na excelência operacional e na experiência do cliente. 

Como a tecnologia pode auxiliar no monitoramento de KPIs?

A tecnologia pode transformar a maneira como empresas gerenciam e monitoram seus KPIs logísticos, oferecendo ferramentas inteligentes e intuitivas e reunindo em um só lugar dados essenciais para acompanhar indicadores como lead time, custo por pedido, taxa de sucesso nas entregas, performance de fornecedores e muito mais. 

Com elas, você ganha visibilidade em tempo real de cada etapa da operação, com dashboards personalizáveis que facilitam a análise de desempenho, a comparação entre modalidades e a tomada de decisões estratégicas. Uma delas é a Cargo Sapiens que, além disso, vai automatizar processos manuais como cotações de frete, consolidações de propostas e análises comparativas, liberando tempo da equipe e reduzindo erros operacionais — o que impacta diretamente em KPIs logísticos, como eficiência de processos e redução de custos. 

Outro diferencial é o modelo de gestão data-driven. A tecnologia da Cargo Sapiens garante acesso a dados estruturados, confiáveis e acionáveis, permitindo que sua empresa evolua de uma gestão reativa para uma logística preditiva e orientada por resultados concretos. Com a Cargo Sapiens, sua operação logística se torna mais estratégica, mensurável e competitiva. 

Conclusão

A logística é uma área estratégica para qualquer empresa que deseja se destacar no mercado e satisfazer seus clientes. Para isso, é preciso gerenciar os processos logísticos de forma eficiente, garantindo a qualidade e a pontualidade das entregas. Esses resultados não serão obtidos de forma consistente sem um acompanhamento, e para isso, o uso de KPIs da logística é essencial. 

Invista em tecnologias que forneçam ferramentas de gestão fáceis de implementar para que gestores e colaboradores possam potencializar suas atuações. Com a ajuda de um software que utiliza inteligência artificial na logística, como a Cargo Sapiens, é possível automatizar o processo de cotação de fretes da sua empresa, comparar propostas com precisão, acompanhar os pricipais KPIs e tomar decisões baseadas em dados — tudo isso com muito mais agilidade e confiabilidade.  

Você já sabe que acompanhar os KPIs de logística é essencial para reduzir custos, identificar gargalos e tomar decisões mais inteligentes. Agora imagine fazer tudo isso com tecnologia especializada, governança completa e resultados comprovados. Se você mede, você melhora. Se você automatiza, você escala. Com a Cargo Sapiens, você transforma indicadores em ação estratégica. Nossa plataforma centraliza dados, automatiza processos e oferece visão em tempo real da sua operação logística — do pedido à entrega. 

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