Publicado em: 13 de outubro de 2025

Exportação no Brasil: desafios, oportunidades e o caminho para a competitividade global

A exportação no Brasil é um dos pilares da economia nacional e um termômetro da competitividade do país no cenário internacional. Em um mundo onde cadeias de suprimento estão cada vez mais interconectadas, exportar deixou de ser apenas vender para fora: tornou-se uma estratégia de posicionamento global. No entanto, a jornada do exportador brasileiro ainda […]

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A exportação no Brasil é um dos pilares da economia nacional e um termômetro da competitividade do país no cenário internacional. Em um mundo onde cadeias de suprimento estão cada vez mais interconectadas, exportar deixou de ser apenas vender para fora: tornou-se uma estratégia de posicionamento global.

No entanto, a jornada do exportador brasileiro ainda é marcada por obstáculos: burocracia, infraestrutura limitada, custos logísticos e complexidade tributária.Por outro lado, a combinação entre tecnologia, acordos comerciais e inovação logística vem abrindo novas oportunidades para quem busca expandir fronteiras.

Neste artigo, a Cargo Sapiens apresenta uma visão completa sobre o panorama atual da exportação no Brasil e o que as empresas podem fazer para se destacar nesse novo cenário global.

O panorama da exportação no Brasil

O Brasil é uma das maiores potências exportadoras do mundo em setores como agronegócio, mineração, energia e manufaturados. Em 2024, o país manteve uma balança comercial positiva, impulsionada pelo aumento nas vendas de commodities e pela diversificação de mercados. Em 2025, as exportações brasileiras para a Ásia cresceram 12% no primeiro trimestre, impulsionadas pela demanda por soja, carne bovina e minério de ferro.

Mas, apesar desses resultados positivos, o país ainda mantém uma pauta concentrada em poucos produtos e destinos, o que o torna vulnerável a choques externos. Segundo levantamento do Insper Agro Global, o agronegócio responde por 54% das exportações brasileiras, com destaque para soja, carnes e derivados. Enquanto China, Estados Unidos e União Europeia seguem como principais compradores, há espaço para expansão em mercados emergentes da Ásia, África e América Latina.

De acordo com artigo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), o país exportou US$ 136,9 bilhões até maio de 2025, uma leve queda em relação ao mesmo período de 2024, quando o total foi de US$ 138,2 bilhões. Esses números mostram um cenário de relativa estabilidade, mas também reforçam a necessidade de inovação para aumentar a competitividade. Assim, o futuro da exportação brasileira depende da capacidade de inovar, agregar valor e investir em eficiência logística.

Desafios que ainda limitam a competitividade

Mesmo com avanços importantes, realizar exportação no Brasil ainda significa enfrentar gargalos estruturais.

  • Infraestrutura e transporte: a dependência de modais rodoviários eleva custos e reduz a previsibilidade nas entregas.
  • Burocracia e complexidade tributária: o excesso de documentos e regras gera lentidão e insegurança jurídica.
  • Câmbio e volatilidade internacional: flutuações afetam margens e dificultam o planejamento financeiro.
  • Baixa digitalização dos processos: muitas empresas ainda dependem de controles manuais e planilhas, limitando a escalabilidade.

Esses fatores tornam o ambiente exportador desafiador, mas também revelam um espaço enorme para inovação. Um estudo do Observatório do Desenvolvimento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostra que, embora o país tenha avançado em alguns indicadores logísticos, o Brasil ainda não conseguiu melhorar sua posição no ranking de complexidade produtiva global, o que limita a diversificação de produtos exportados.

Tecnologia como aceleradora da exportação

A transformação digital está mudando a forma de operar no comércio exterior. Softwares de gestão logística, plataformas de cotação de fretes e sistemas de acompanhamento em tempo real permitem mais agilidade, visibilidade e controle em cada etapa da exportação. O relatório Global Trade Report 2024, da Thomson Reuters, aponta que a falta de visibilidade na cadeia de suprimentos e a lentidão nos processos manuais estão entre os principais entraves à eficiência operacional no comércio exterior.

Empresas que adotam soluções digitais, como a Cargo Sapiens, conseguem integrar processos, reduzir erros e tomar decisões baseadas em dados. Essa inteligência operacional permite competir de forma mais estratégica em um mercado global cada vez mais exigente. Além disso, a digitalização fortalece o compliance, automatiza tarefas burocráticas e melhora a comunicação com agentes, transportadoras e terminais.

Acordos comerciais e novas oportunidades

O Brasil vem expandindo seus acordos comerciais, abrindo portas para novos mercados e reduzindo barreiras tarifárias.
Iniciativas como o Acordo Mercosul-União Europeia, os tratados com países asiáticos e a participação em fóruns multilaterais colocam o país em posição de destaque nas negociações globais.

De acordo com o relatório Global Trade Transformation 2025, da Research and Markets, as cadeias de suprimentos estão se reconfigurando e países emergentes da América Latina, Ásia e África devem ganhar protagonismo nas rotas comerciais internacionais.

Esses movimentos reforçam a importância de diversificar destinos e produtos, ampliando a presença de marcas brasileiras em diferentes regiões do mundo. A combinação entre diplomacia econômica e tecnologia logística cria o ambiente ideal para uma nova fase da exportação brasileira.

Caminhos para o futuro da exportação no Brasil

O próximo ciclo da exportação será definido por três pilares:

  1. inovação logística, para tornar as operações mais rápidas e previsíveis;
  2. agregação de valor, com foco em produtos industrializados e sustentáveis;
  3. integração internacional, por meio de parcerias, acordos e inteligência de mercado.

Empresas que investirem nesses pilares estarão mais preparadas para competir globalmente e construir uma presença sólida fora do país.

Conclusão

A exportação brasileira está em um momento de transição, entre o potencial e a necessidade de transformação. Superar os desafios estruturais exige visão estratégica, investimento em tecnologia e uma mentalidade voltada para o futuro. Logo, simplificar a logística é o primeiro passo para fortalecer o comércio exterior do Brasil.

Com mais eficiência, transparência e dados, exportar deixa de ser um desafio e passa a ser uma oportunidade real de crescimento e competitividade global.

Converse com um de nossos especialistas e descubra como a tecnologia pode ajudar sua empresa a simplificar seus processos de exportação.

David Pinheiro

Especialista em Supply Chain com mais de uma década de experiência no mercado de logística. Atuando como CEO e fundador da Cargo Sapiens, ele lidera iniciativas inovadoras para transformar o setor, combinando conhecimento técnico com uma abordagem estratégica e centrada em resultados.

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