Em meados de agosto de 2025, o Brasil protagonizou uma resposta exemplar às surpresas da guerra comercial com os Estados Unidos. Ao enfrentar a elevação abrupta das tarifas sobre seus produtos, que saltaram de 10% para 50%, o governo reagiu com agilidade e um plano abrangente batizado de “Sovereign Brazil”. Mais do que reação, foi uma demonstração de estratégia e soberania econômica.
O coração da medida foi um pacote de ajuda de 30 bilhões de reais em crédito, viabilizado pelo Fundo de Garantia às Exportações, administrado pelo BNDES. Esse aporte se somou a investimentos adicionais direcionados às micro, pequenas e médias empresas, totalizando 4,5 bilhões de reais em fortalecimento de fundos específicos. A mobilização financeira foi imediata – por meio de decreto presidencial – e promete durabilidade condicionada à aprovação pelo Congresso nos próximos quatro meses.
Além do socorro financeiro, o plano incluiu ações fundamentais para manter a competitividade internacional: prolongamento dos benefícios fiscais no regime de drawback, diferimento de tributos e estímulo à compra de produtos impactados por parte de instituições públicas, como escolas e hospitais. A lógica é clara: mitigar perdas sem abrir mão da inserção global.
Em tempos de turbulência geopolítica, o cenário exige não apenas resiliência, mas também inovação. E o “Sovereign Brazil” se posiciona como mais do que um plano emergencial: é um modelo de respostas inteligentes e equilibradas, focado em proteger o tecido produtivo e manter o país firme no tabuleiro do comércio global.
