O setor de mineração se consolidou como um dos pilares mais importantes da economia brasileira. No primeiro trimestre de 2025, as exportações menos as importações da mineração geraram um superávit de US$ 7,68 bilhões, equivalente a 77% do saldo comercial do país no período, que foi de US$ 9,98 bilhões. Esse desempenho reforça o papel do setor como responsável direto pelo equilíbrio da balança comercial, mesmo em um cenário global de incertezas.
Valor exportado em queda, mas faturamento em alta
Embora o volume de exportações tenha se mantido elevado, as receitas em dólar recuaram cerca de 13% no comparativo com o mesmo período de 2024. Esse resultado foi impactado, sobretudo, pela queda no preço internacional do minério de ferro, principal produto da pauta mineral brasileira.
Ainda assim, o faturamento do setor em reais foi positivo: saltou de R$ 68 bilhões para R$ 73,8 bilhões, representando um crescimento de 8,6%. Esse avanço demonstra a resiliência da atividade, que consegue manter resultados expressivos mesmo diante da volatilidade dos preços externos.
Arrecadação e geração de empregos
Outro reflexo importante da mineração foi no campo tributário. No primeiro trimestre de 2025, a arrecadação proveniente do setor cresceu 8% em relação ao mesmo período do ano anterior, reforçando sua relevância para os cofres públicos.
Além disso, a atividade mineral também se destacou pela geração de empregos. Até março de 2025, o setor empregava aproximadamente 223 mil pessoas de forma direta, com a abertura de mais de 2 mil novas vagas. Esse impacto social positivo evidencia o potencial da mineração para impulsionar o desenvolvimento em diversas regiões do país.
Perspectivas e importância estratégica
A despeito da queda nos preços internacionais de alguns minerais, o setor segue sendo uma engrenagem essencial da economia nacional. Sua capacidade de gerar superávit, atrair investimentos, ampliar a arrecadação e criar empregos garante ao Brasil uma posição de destaque no comércio global de commodities.
A tendência é que a mineração continue fortalecendo o desempenho da balança comercial brasileira, ao mesmo tempo em que estimula novos projetos de infraestrutura, inovação tecnológica e sustentabilidade, fatores decisivos para manter a competitividade do país nos próximos anos.