Publicado em: 25 de agosto de 2025

GRIS: o que é, como funciona e por que ele impacta a logística internacional

Quando o assunto é transporte de cargas, cada detalhe faz diferença no custo final da operação. Entre tarifas e adicionais que, muitas vezes, passam despercebidos, o GRIS (Gerenciamento de Risco) é um dos componentes mais importantes na formação do preço do frete. Esse adicional é aplicado pelas transportadoras para cobrir despesas relacionadas à segurança da […]

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Quando o assunto é transporte de cargas, cada detalhe faz diferença no custo final da operação. Entre tarifas e adicionais que, muitas vezes, passam despercebidos, o GRIS (Gerenciamento de Risco) é um dos componentes mais importantes na formação do preço do frete.

Esse adicional é aplicado pelas transportadoras para cobrir despesas relacionadas à segurança da carga durante o trajeto. Por isso, compreender o que é o GRIS e como ele afeta contratos de frete é essencial para empresas que importam e exportam em grandes volumes. Afinal, esse custo pode influenciar tanto a previsibilidade do orçamento quanto a competitividade no mercado.

Você sabe exatamente como ele funciona, o que cobre e de que forma pode impactar as importações e exportações da sua empresa? Neste artigo, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre o GRIS e mostrar como uma gestão eficiente desse custo pode se transformar em vantagem competitiva para a sua logística internacional.

O que é o GRIS

O GRIS é uma tarifa cobrada pelas transportadoras como forma de compensar os riscos assumidos na operação logística. Ele busca mitigar despesas ligadas a roubo de cargas, monitoramento, escolta, seguros adicionais e infraestrutura de segurança que, especialmente no Brasil, são indispensáveis. 

Apesar de ser mais conhecido no transporte rodoviário, o conceito de gerenciamento de risco também aparece em outros modais, principalmente em operações multimodais de grande valor agregado. 

Como o GRIS é calculado

Não existe um valor único ou padronizado para o GRIS. Cada transportadora define sua taxa considerando fatores como tipo de carga, rota, histórico de riscos da região, necessidade de escolta armada, monitoramento em tempo real e custos de seguro. Normalmente, essa taxa é aplicada como um percentual sobre o valor do frete ou da mercadoria transportada. Dessa forma, quanto maior o valor envolvido na operação, maior tende a ser o impacto do GRIS no custo final.

Relação entre GRIS e Ad Valorem

O GRIS e o Ad Valorem são duas tarifas diferentes, mas que, muitas vezes, geram confusão porque ambas aparecem como adicionais no frete.

  • Ad Valorem: é um percentual calculado sobre o valor da mercadoria transportada. Ele existe para cobrir riscos financeiros gerais, principalmente relacionados a perdas ou danos à carga durante o transporte. Quanto maior o valor da mercadoria, maior será o Ad Valorem.
  • GRIS (Gerenciamento de Risco): é um adicional específico voltado para custear medidas de segurança contra roubo de cargas e outras ocorrências ligadas ao risco da operação. Ele cobre despesas como seguro extra, escolta armada, monitoramento em tempo real e infraestrutura de proteção.

Ou seja:

O Ad Valorem é uma tarifa mais ampla, ligada ao valor da mercadoria, enquanto o GRIS é uma fração dentro dessa lógica, mas direcionada exclusivamente ao risco de transporte, especialmente no cenário brasileiro, onde o índice de roubo de cargas é alto.

O impacto do GRIS no comércio exterior

Para empresas que atuam com importação e exportação, o GRIS representa mais uma variável a ser considerada na cotação e contratação de fretes. Em um mercado global já pressionado por volatilidade cambial, tarifas alfandegárias e custos logísticos elevados, a falta de previsibilidade sobre esse tipo de cobrança pode comprometer margens de lucro e planejamento estratégico. 

Além disso, o GRIS reforça a importância de tratar o transporte internacional como uma atividade estratégica e não apenas operacional. Empresas que analisam detalhadamente esse custo, comparando fornecedores e equalizando propostas, de forma estruturada, conseguem identificar oportunidades de saving e reduzir riscos de forma inteligente. 

Desafios enfrentados pelas empresas

Um dos maiores desafios é a transparência. Muitas vezes, o GRIS aparece como uma taxa adicional pouco detalhada, dificultando a análise do custo real do frete. Além disso, a negociação desse valor exige conhecimento técnico, já que envolve variáveis de segurança complexas. 

Outro ponto crítico é a gestão manual. Quando as cotações de frete são feitas por e-mails e planilhas, fica mais difícil equalizar propostas que incluem o GRIS, aumentando o risco de erros e decisões equivocadas. 

Como tornar a gestão do GRIS mais eficiente

Para lidar com o GRIS de forma estratégica, as empresas precisam de processos digitais que permitam visualizar, comparar e auditar todos os componentes do frete. Uma plataforma especializada em cotação de fretes internacionais permite equalizar custos, de forma clara e rastreável, eliminando incertezas e trazendo mais governança para a negociação. 

Ao digitalizar a análise, é possível reduzir o tempo gasto em cálculos, aumentar a transparência e ter segurança de que o GRIS está sendo aplicado de forma justa, sem comprometer a eficiência da cadeia logística. 

Conclusão

O GRIS é um reflexo da realidade logística brasileira, onde o risco é um componente inevitável do transporte de cargas. Mais do que entender o que ele representa, empresas que atuam no comércio exterior precisam aprender a gerenciá-lo de maneira estratégica, evitando surpresas e garantindo previsibilidade. 

Ao integrar o gerenciamento do GRIS em plataformas digitais como a Cargo Sapiens, a operação ganha clareza, eficiência e inteligência. Isso significa transformar um custo inevitável em uma oportunidade de otimizar processos, reduzir riscos e tornar a logística internacional mais competitiva.

Se a sua empresa quer reduzir riscos, ganhar eficiência e evoluir no comércio exterior, está na hora de conhecer a Cargo Sapiens. Converse com um especialista e descubra como transformar sua logística internacional em uma verdadeira vantagem competitiva.

David Pinheiro

Especialista em Supply Chain com mais de uma década de experiência no mercado de logística. Atuando como CEO e fundador da Cargo Sapiens, ele lidera iniciativas inovadoras para transformar o setor, combinando conhecimento técnico com uma abordagem estratégica e centrada em resultados.

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