Quando falamos em frete, muita gente pensa apenas no valor cobrado pelo transporte de uma carga. Mas, na verdade, esse conceito vai muito além do preço. O frete é uma engrenagem essencial dentro da logística e da cadeia de suprimentos — é ele que viabiliza a circulação de produtos, conecta empresas a mercados e garante que a experiência do cliente não se perca no caminho.
O termo vem do francês “fret” e pode representar tanto o custo do serviço quanto a própria operação de transporte. Seja por rodovias, ferrovias, portos ou aeroportos, o frete envolve decisões estratégicas: qual modal usar, como otimizar rotas, que tipo de seguro contratar e como reduzir prazos sem perder eficiência.
Em um cenário de negócios cada vez mais dinâmico e digital, entender o que é frete — e como gerenciá-lo com inteligência — é o primeiro passo para transformar custos logísticos em oportunidades competitivas. E a verdade é que empresas que dominam essa etapa têm muito mais chances de escalar com segurança e previsibilidade.
Quer entender como o frete pode deixar de ser só mais uma despesa e se tornar um diferencial logístico para o seu negócio? Então siga com a leitura: vamos descomplicar o frete e mostrar como tomar decisões mais estratégicas no transporte de mercadorias.
O que é frete?
Frete é o valor pago pelo transporte de mercadorias entre dois pontos. Mais do que uma simples tarifa, ele reflete toda a complexidade envolvida em movimentar produtos com segurança, eficiência e pontualidade — seja em âmbito nacional ou internacional.
Esse custo logístico é determinado por uma combinação de fatores: o modal utilizado (rodoviário, aéreo, marítimo ou ferroviário), a distância percorrida, o peso e o volume da carga, além de variáveis como tipo de mercadoria, exigências especiais, pedágios, seguro e tributos.
Na prática, o frete representa uma parcela significativa da operação logística. Em muitos casos, pode corresponder a mais de 50% dos custos logísticos totais de uma empresa, impactando diretamente na precificação e na competitividade dos produtos.
É por isso que calcular o frete de forma estratégica vai muito além de garantir uma entrega. Trata-se de otimizar recursos, reduzir desperdícios e melhorar a previsibilidade de custos. Escolher o tipo de frete ideal — e saber quando e como negociar suas condições — é uma das decisões mais importantes dentro de uma operação eficiente e escalável.
Seja para importar, exportar ou distribuir no mercado interno, entender como funciona o frete é o primeiro passo para construir uma cadeia logística mais inteligente, conectada e rentável.
Como funciona o frete?
O funcionamento do frete está intrinsecamente ligado ao planejamento logístico. Envolve a escolha do modal de transporte mais adequado, a negociação de tarifas e a consideração de todas as possíveis despesas extras que possam surgir. A operação começa com a definição do tipo de carga e termina na entrega ao destinatário, sempre buscando eficiência e redução de custos.
Frete por peso
O frete por peso é calculado com base no peso bruto ou no peso cubado da carga, considerando o maior valor entre eles. Isso significa que, se a carga ocupar muito espaço em relação ao seu peso real, o volume será considerado no cálculo. Este método é mais justo para itens volumosos e leves, como algodão, garantindo que o espaço ocupado seja devidamente cobrado.
Esse tipo de frete também considera produtos pequenos, mas pesados, onde o peso real se torna o fator determinante no cálculo. Dessa forma, transportadoras podem otimizar o uso do espaço em seus veículos, cobrando de maneira proporcional ao que é transportado.
Frete por valor da mercadoria
No frete por valor, o custo é calculado com base no valor da mercadoria especificado na nota fiscal. Este método é utilizado principalmente para mercadorias de alto valor, que requerem cuidados especiais e podem necessitar de serviços adicionais, como escolta de segurança. Taxas adicionais, como GRIS e Ad Valorem, são comuns e visam cobrir riscos específicos associados ao transporte.
A presença dessas taxas reflete a necessidade de proteção extra contra roubos ou danos, tornando esse tipo de frete uma escolha comum para itens valiosos. Empresas de transporte muitas vezes integram equipes de gerenciamento de risco para monitorar e mitigar potenciais ameaças durante o trajeto.
Por trás de uma entrega bem-sucedida está um planejamento logístico bem elaborado. É sobre escolher o tipo de transporte certo e negociar boas condições com os parceiros de transporte. E há vários pontos a se considerar, como:
- a rapidez que a entrega precisa ser feita;
- como o produto deve ser armazenado;
- as particularidades do trajeto;
- o custo total da operação.
O frete não é só sobre levar um produto de um ponto A para um ponto B. Ele também inclui:
- monitoramento da carga;
- gestão de riscos;
- respeito às regras para transporte.
Tudo começa com a coleta das mercadorias no ponto de origem, onde elas são preparadas com cuidado. Durante o trajeto, o segredo é acompanhar tudo de perto para resolver qualquer problema que possa surgir.
E, claro, a entrega final é onde o impacto acontece: ela precisa ser pontual e caprichada, porque isso faz toda a diferença na satisfação do cliente. Um serviço de frete confiável e eficiente vai além de transportar — ele reforça o sucesso da operação.
Quais são os tipos de frete?
Existem diferentes tipos de frete disponíveis no mercado, e cada um atende a uma realidade logística específica. A escolha correta impacta diretamente no custo, no prazo de entrega e na segurança da operação. Abaixo, você confere os modelos mais utilizados no transporte de cargas e suas principais características.
Frete CIF
O frete CIF — sigla para Cost, Insurance and Freight — é quando o vendedor assume todos os custos e riscos da entrega até o destino final. Nessa modalidade, o valor do frete e do seguro já está embutido no preço do produto, o que simplifica o processo para o comprador. É amplamente utilizado em operações B2C e no comércio exterior, principalmente quando o cliente final não tem familiaridade com a gestão logística.
Frete FOB
No frete FOB (Free On Board), a responsabilidade logística muda de mãos assim que a carga é despachada do ponto de origem. A partir desse momento, o comprador assume os custos com transporte, seguro e riscos operacionais. Esse tipo de frete é comum em operações B2B e permite ao cliente ter maior controle sobre a entrega, desde a contratação da transportadora até o rastreamento da carga.
Frete LTL e FTL
Essas duas modalidades se aplicam ao transporte rodoviário, dependendo do volume da carga:
- Frete LTL (Less Than Truckload): recomendado para cargas fracionadas, que ocupam apenas parte do caminhão. Ideal para empresas que não têm grandes volumes, mas precisam de agilidade e custo reduzido. A carga viaja junto com outras, otimizando o espaço e dividindo os custos.
- Frete FTL (Full Truckload): usado quando a carga ocupa toda a capacidade do caminhão. Indicado para grandes volumes ou mercadorias que exigem transporte exclusivo. Garante maior segurança, agilidade e controle sobre o trajeto.
Frete marítimo
O frete marítimo é a opção mais usada no comércio internacional, especialmente quando se trata de grandes volumes e longas distâncias. Apesar de ser mais lento do que outros modais, oferece excelente custo-benefício para importações e exportações. É a escolha ideal quando o tempo de entrega não é o fator mais crítico da operação.
Frete rodoviário
Mais comum no Brasil, o frete rodoviário oferece flexibilidade e capilaridade, com entregas porta a porta em curtas, médias ou longas distâncias. É amplamente utilizado tanto para o transporte interno quanto para o escoamento de cargas até portos e aeroportos. Sua principal vantagem está na facilidade de acesso a diferentes regiões e modais integrados.
Frete ferroviário
O frete ferroviário é uma excelente opção para transportar grandes volumes por longas distâncias, especialmente em rotas fixas e de alto fluxo. Apresenta um custo menor por tonelada transportada e menor impacto ambiental. No entanto, sua aplicação ainda é limitada no Brasil devido à infraestrutura ferroviária restrita.
Frete aéreo
Para quem precisa de velocidade e segurança, o frete aéreo é a melhor alternativa. Ele é utilizado para cargas de alto valor agregado, produtos perecíveis ou entregas urgentes. Apesar de ter um custo mais elevado, compensa quando o prazo de entrega é decisivo para o sucesso da operação.
Cada tipo de frete tem um papel estratégico dentro da cadeia logística. Entender suas características é fundamental para reduzir custos, evitar riscos e garantir uma entrega eficiente. Avaliar bem essas opções ajuda a tomar decisões mais inteligentes.
Qual é a diferença entre frete CIF e FOB?
Escolher entre frete CIF ou FOB vai além do valor do transporte. Essa decisão impacta diretamente a gestão da cadeia logística, influenciando prazos, custos, responsabilidades e até a previsibilidade da operação.
No modelo CIF (Cost, Insurance and Freight), o fornecedor é responsável por todas as etapas do transporte até o destino final — incluindo o custo do frete e o seguro da carga. Esse formato é ideal para empresas que preferem praticidade e desejam terceirizar a logística, com menos envolvimento no processo. O comprador recebe a mercadoria com todos os encargos já inclusos, o que simplifica a operação e reduz a carga administrativa.
Já no modelo FOB (Free on Board), a responsabilidade é transferida ao comprador assim que a mercadoria é embarcada. A partir desse ponto, é o cliente quem cuida da contratação da transportadora, do seguro e da logística de entrega. Esse modelo garante maior autonomia, podendo gerar economia e otimização de custos — especialmente para empresas que possuem uma estrutura logística robusta ou que utilizam plataformas para comparar cotações e gerenciar fretes com mais inteligência.
Em resumo:
- CIF: o vendedor assume o transporte e o seguro até o destino final.
- FOB: o comprador assume a responsabilidade a partir do ponto de embarque.
A melhor escolha depende do perfil da empresa, da complexidade da entrega e do nível de controle desejado. Operações que buscam agilidade e simplicidade podem se beneficiar do CIF. Já negócios que priorizam gestão estratégica, economia e controle logístico encontram no FOB uma solução mais alinhada aos seus objetivos.
Se o seu negócio lida com importação ou exportação, entender essas modalidades é essencial para tomar decisões logísticas mais eficientes.
A modalidade de frete deve constar na nota fiscal?
Sim. A nota fiscal precisa informar qual modalidade de frete foi contratada e quem assumirá o custo — se o remetente, o destinatário ou terceiros. Além disso, é possível incluir os dados da transportadora responsável pela entrega, como CNPJ e razão social, o que contribui para maior controle fiscal, logístico e rastreabilidade da carga.
Essa informação é obrigatória para fins fiscais e operacionais, e garante mais transparência entre embarcador, transportadora e cliente.
A modalidade de frete precisa constar no CTe?
Sim. No Conhecimento de Transporte Eletrônico (CTe), é obrigatório indicar quem será o tomador do serviço — ou seja, a parte responsável pelo pagamento do frete. Esse tomador pode ser o remetente, o destinatário ou um terceiro, conforme acordado entre as partes envolvidas.
Registrar corretamente essa informação é essencial para garantir conformidade fiscal, evitar inconsistências nos processos logísticos e assegurar que não haja divergências no momento da cobrança.
Quais as formas de contratação de frete?
Na logística moderna, escolher o modelo de contratação de frete mais adequado é um dos fatores que impactam diretamente a eficiência, o custo e a previsibilidade da entrega. Entender as particularidades de cada formato permite alinhar estratégia, agilidade e controle — três pilares que sustentam uma gestão logística inteligente.
1. Contratação direta
É o modelo mais tradicional, em que o embarcador contrata uma única transportadora para realizar todo o trajeto da carga. Ele proporciona mais controle operacional, comunicação simplificada e previsibilidade de prazos. Ideal para operações recorrentes ou rotas bem estabelecidas.
2. Subcontratação
Neste caso, a transportadora contratada terceiriza parte do trajeto para outra empresa. Esse modelo oferece mais flexibilidade para atender a picos de demanda ou alcançar regiões menos acessíveis, mas exige atenção à rastreabilidade e à padronização do serviço.
3. Redespacho e redespacho intermediário
Essas modalidades envolvem múltiplos transportadores na mesma operação. No redespacho, a transportadora original repassa a carga para outra concluir a entrega. Já no redespacho intermediário, a mercadoria faz uma parada em um ponto de transbordo antes de seguir viagem. Ambos os modelos são recomendados para entregas em regiões remotas, com menor cobertura logística ou em rotas complexas.
O que define o valor do frete?
O custo do frete vai além da quilometragem. Ele é composto por variáveis logísticas e operacionais que exigem análise criteriosa para garantir rentabilidade. Entre os principais fatores:
- Peso bruto e cubado da carga
- Valor declarado na nota fiscal
- Distância entre origem e destino
- Tipo de modal utilizado (rodoviário, marítimo, aéreo ou ferroviário)
- Natureza da carga (frágil, perecível, de alto valor, etc.)
- Custos adicionais: pedágios, seguros, impostos, taxas administrativas
No rodoviário, é comum o cálculo por tonelada por quilômetro rodado. Já no marítimo e aéreo, a cubagem geralmente prevalece sobre o peso real, o que torna o planejamento ainda mais crítico.
Serviços logísticos e impacto na precificação
A forma como a carga é transportada também influencia diretamente o valor do frete:
- Carga fracionada (LTL): ideal para quem não preenche todo o veículo, com custo proporcional ao espaço ocupado.
- Carga fechada (FTL): maior controle, entrega direta e maior custo.
- Frete percentual: aplicado como um percentual sobre o valor da mercadoria.
- Frete por valor declarado: comum para cargas sensíveis ou de alto risco.
Especificidades por modal
Cada modal logístico possui critérios distintos de precificação:
- Rodoviário: baseado em peso, distância, e taxas como ICMS, GRIS, pedágios e ad valorem.
- Marítimo: considera volume/peso, além de taxas como BAF (combustível) e THC (manuseio portuário).
- Aéreo e ferroviário: tarifa básica por peso e distância, com adicionais por armazenagem, tempo em terminais e prioridade de embarque.
Como calcular o frete?
O cálculo do frete envolve uma combinação de variáveis que refletem a complexidade de cada operação logística. Entre os principais fatores estão o peso bruto, o volume da carga e a distância entre o ponto de origem e o destino.
Outro elemento importante é o modal de transporte escolhido, que impacta diretamente no custo final. Cada modal — rodoviário, aéreo, ferroviário ou marítimo — possui critérios específicos de tarifação e exigências operacionais distintas.
Também devem ser consideradas as condições de acesso ao local de entrega, além de custos adicionais, como pedágios, seguros, taxas administrativas e impostos. Um aspecto técnico essencial nesse cálculo é a cubagem, que relaciona o peso da carga com suas dimensões. Ela é usada para definir quanto espaço a mercadoria ocupará no veículo, garantindo um valor proporcional à ocupação real.
Na prática, calcular o frete corretamente é essencial para assegurar margens saudáveis, oferecer preços justos ao cliente e manter a sustentabilidade financeira da operação.
Como calcular o frete quando o volume da carga é maior que o peso?
Quando a carga ocupa muito espaço, mas tem peso reduzido, o frete é calculado com base na cubagem. Nesse caso, aplica-se a seguinte fórmula:
- comprimento × largura × altura × fator de cubagem
O fator de cubagem varia conforme o modal utilizado e tem como objetivo ajustar o valor do frete ao espaço efetivamente ocupado no veículo — independentemente do peso real da mercadoria. Essa metodologia garante uma precificação mais justa e evita prejuízos no transporte de cargas volumosas e leves.
Calcular pela cubagem é essencial para manter o equilíbrio operacional e financeiro da transportadora, além de oferecer transparência ao embarcador.
Por que um bom cálculo de frete é uma vantagem competitiva?
Mais do que uma despesa operacional, o frete representa um elemento estratégico na gestão de transporte. Um cálculo preciso evita perdas financeiras, antecipa gargalos e oferece maior segurança para a tomada de decisões. Ao garantir previsibilidade de custos e transparência para o cliente, empresas que estruturam bem esse processo ganham agilidade, reduzem riscos e fortalecem a confiabilidade da operação.
Organizações que adotam soluções tecnológicas para a precificação de frete têm ainda mais vantagem. Com o suporte de plataformas inteligentes, é possível automatizar a cotação de frete, comparar propostas em tempo real e simular diferentes cenários logísticos — transformando um dos principais custos da cadeia de suprimentos em diferencial competitivo no mercado.
Qual a relação do frete na logística?
O frete representa um dos elementos mais estratégicos dentro da logística. Ele é responsável por conectar a origem ao destino, ligando fornecedores a clientes e garantindo que os produtos cheguem no local certo, no prazo estabelecido e em perfeitas condições. Em essência, o frete é o elo entre o planejamento logístico e a entrega efetiva.
Mais do que um simples custo operacional, o frete é uma ferramenta de gestão. Um gerenciamento eficiente permite antecipar demandas, evitar atrasos, proteger a integridade da carga e melhorar significativamente a experiência do cliente. Quando bem estruturado, contribui para a previsibilidade financeira e operacional da empresa.
Em segmentos como o e-commerce, o impacto é ainda mais evidente. A forma como o frete é gerido influencia diretamente o giro de estoque, o índice de devoluções e o nível de satisfação do consumidor. Um modelo logístico bem ajustado pode acelerar entregas, reduzir perdas e fortalecer a imagem da marca.
Além disso, investir em soluções tecnológicas para gestão de frete — como plataformas de cotação inteligente, rastreamento em tempo real e painéis de desempenho — ajuda a enfrentar desafios como sazonalidades, mudanças tributárias e instabilidades de rota com mais controle e segurança.
Em um mercado cada vez mais exigente, otimizar o frete é mais do que uma ação de eficiência operacional: é uma estratégia essencial para reduzir custos, aumentar competitividade e consolidar uma logística inteligente e orientada a resultados.
Como a tecnologia pode ajudar na gestão de frete?
A gestão de frete evoluiu significativamente com o apoio da tecnologia. Hoje, ferramentas são essenciais para empresas que desejam operar com eficiência, previsibilidade e controle em suas operações logísticas. Isso não apenas reduz custos operacionais, como também aumenta a produtividade da equipe logística.
Para empresas que buscam crescimento sustentável e excelência em logística, a tecnologia é mais do que um suporte: é o motor da transformação do frete em um ativo estratégico. Descubra como otimizar custos, ganhar eficiência e tomar decisões estratégicas com o apoio da Cargo Sapiens.
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