Publicado em: 7 de maio de 2025

Custo do Frete: o que é, taxas e como reduzir

O custo do frete vai muito além de uma linha na planilha — ele influencia diretamente o desempenho da cadeia logística e o posicionamento competitivo da empresa. Quando bem calculado e controlado, esse custo se transforma em uma alavanca estratégica: reduz desperdícios, otimiza processos e melhora a experiência do cliente.  Neste artigo, você vai entender […]

custo do frete

O custo do frete vai muito além de uma linha na planilha — ele influencia diretamente o desempenho da cadeia logística e o posicionamento competitivo da empresa. Quando bem calculado e controlado, esse custo se transforma em uma alavanca estratégica: reduz desperdícios, otimiza processos e melhora a experiência do cliente. 

Neste artigo, você vai entender o que está por trás do custo de frete — nacional e internacional —, os fatores que o influenciam e, principalmente, como aplicar as melhores práticas para transformá-lo em uma vantagem real para o seu negócio. 

O que é custo de frete 

O custo de frete é o valor acordado entre o embarcador e a transportadora para viabilizar o deslocamento de uma carga da origem ao destino. Essa composição envolve uma série de variáveis que vão além da distância percorrida ou do peso transportado. Na prática, esse valor abrange despesas fixas e variáveis, taxas adicionais, margem de lucro da transportadora e fatores como o tipo de carga, as condições da rota e o modal utilizado — seja rodoviário, ferroviário, aéreo ou marítimo. 

Para empresas que lidam com logística, o frete representa uma fatia significativa da estrutura de custos — em média, 15% do preço final do produto. Por isso, entender como esse valor é calculado é essencial para controlar despesas, tomar decisões mais estratégicas e proteger a rentabilidade da operação. 

No caso do frete internacional, esse custo se torna ainda mais complexo ao incluir variações cambiais, impostos específicos, diferentes tipos de incoterms, taxas portuárias e exigências alfandegárias. 

Importância de entender os custos do frete 

Compreender os custos de frete com profundidade é vital para a sustentabilidade financeira do negócio. Esse controle permite: 

  • praticar preços que cubram os custos sem comprometer a margem; 
  • ganhar competitividade frente ao mercado; 
  • atrair e fidelizar clientes com condições estratégicas; 
  • elevar a lucratividade da operação. 

Taxas envolvidas no custo do frete 

O custo do frete varia conforme o tipo de carga, o modal utilizado, a distância percorrida e outras variáveis logísticas. Peso, volume, seguro e condições da rota influenciam diretamente a composição do valor, que precisa refletir a realidade operacional da transportadora e do embarcador. 

Apesar da existência de um piso mínimo estabelecido por lei, as transportadoras podem praticar valores diferentes, considerando uma série de fatores adicionais. Em geral, o frete é pago pelo embarcador — como indústrias ou e-commerces — e muitas vezes repassado ao cliente final. 

No frete internacional, também entram na conta taxas como THC (Terminal Handling Charge), CAF (Currency Adjustment Factor), ISPS, taxas alfandegárias e de documentação, além da conversão multimoeda. 

Por isso, calcular o frete com precisão é essencial para garantir previsibilidade de custos, precificação adequada e uma operação sustentável para a sua logística. Conhecer os componentes desse custo evita perdas financeiras e assegura entregas alinhadas às expectativas do mercado. 

Veja quais são os fatores que compõem o custo do frete. 

Tipo de carga 

O tipo de carga interfere diretamente no valor do frete. Produtos frágeis exigem embalagens especiais. Itens pesados aumentam o consumo de combustível e o desgaste do caminhão. Cargas perigosas exigem cuidados adicionais e obedecem a regulamentações específicas. Por isso, aplicar uma tabela única não faz sentido. Cada categoria demanda uma precificação específica — o que torna a segmentação essencial para garantir eficiência e lucratividade. 

No transporte internacional, há exigências adicionais para cargas IMO (perigosas), cargas refrigeradas (reefer) e mercadorias com controle sanitário e fitossanitário. 

Prazos de entrega 

Prazos mais curtos demandam mais recursos. Para cumprir uma entrega acelerada, pode ser necessário mobilizar motoristas extras, pagar horas adicionais ou aumentar o consumo de combustível. Por isso, prazos devem ser considerados como um componente-chave no custo final do frete. 

No internacional, os prazos são influenciados por janelas de embarque, tempo de trânsito por modal (aéreo ou marítimo), além de trâmites aduaneiros que impactam a previsibilidade. 

Pontos de entrega e rota 

Rotas com estradas precárias aumentam o desgaste do veículo e o tempo de viagem. Regiões com alto índice de roubos também elevam os riscos da operação. Cargas completas geralmente seguem rotas diretas. Já cargas fracionadas exigem múltiplas paradas e maior esforço logístico, impactando diretamente o custo, o tempo e a mão de obra necessária. 

Já em rotas internacionais, é comum lidar com transbordos, zonas primárias e secundárias, e rotas que envolvem múltiplos portos com regimes fiscais distintos. 

Dimensões e pesos da carga 

A cubagem interfere na precificação do frete. Cargas maiores exigem mais espaço e podem limitar a capacidade de transporte. Já cargas mais pesadas aumentam o desgaste dos equipamentos e exigem mais combustível. Por isso, o peso e o volume precisam ser considerados com rigor na precificação. 

No internacional, o cálculo de peso e volume (weight/measure) varia conforme o armador ou companhia aérea, o que reflete no valor cotado. 

Tipo de veículo 

Cada tipo de carga pode exigir um veículo diferente. Produtos refrigerados, por exemplo, precisam de caminhões com baús térmicos. Já rotas com vias irregulares exigem veículos robustos. Essas particularidades justificam variações no valor cobrado acima do frete mínimo. 

No transporte internacional, isso se traduz na escolha do tipo de container (dry, reefer, open top, flat rack etc.), que impacta diretamente no custo e disponibilidade do equipamento. 

Tipo de frete e sua respectiva tarifa 

A tarifa é a base do custo de frete — o valor negociado entre remetente e transportadora. Essa tarifa varia conforme quilometragem, peso, tipo de carga e condições de mercado. É um dos principais itens a serem analisados no planejamento logístico. Essas tarifas podem ser contratuais (BID) ou pontuais (SPOT), sendo fortemente impactadas por sazonalidade e flutuações do mercado.

Nas operações internacionais, consideram-se tarifas como o freight rate (frete base), BAF (combustível), CAF (câmbio), e outros adicionais sazonais e contratuais. 

Pedágios 

Em rotas longas, os pedágios representam um custo relevante. No Brasil, diversas rodovias possuem cobrança obrigatória, o que torna esse item um componente fixo em muitas operações de transporte. 

No internacional, o equivalente são as taxas portuárias, taxas de manuseio (handling), armazenagem, vistorias e liberações alfandegárias. 

Combustível, mão de obra e insumos 

Combustível impacta diretamente o custo por quilômetro rodado. Além disso, custos com manutenção dos veículos, peças e lubrificantes devem ser considerados. A mão de obra também entra nessa conta: salários, encargos, horas extras e benefícios de motoristas e ajudantes compõem uma parte expressiva do custo de transporte. 

No transporte internacional, o custo de combustível pode influenciar sobretaxas como o BAF (Bunker Adjustment Factor), que variam conforme o preço do barril no mercado global. 

Distância 

A distância entre origem e destino influencia diretamente o valor do frete — mas não sozinha. É preciso analisar o tipo de rota, as condições das estradas, se a entrega será fracionada ou não e a possibilidade de retorno com carga. Tudo isso impacta no custo final. 

No caso de rotas internacionais, o tempo de trânsito e a quantidade de escalas também precisam ser considerados. A distância marítima (em milhas náuticas) ou aérea (em milhas ou quilômetros) é determinante para o custo final. 

Impostos e taxas 

Os principais tributos que incidem sobre o frete são: 

  • ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços); 
  • PIS (Programa de Integração Social); 
  • Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). 

Além disso, há taxas específicas como: 

  • Ad Valorem: seguro sobre o valor da carga; 
  • GRIS: prevenção a roubo e fraude; 
  • TDE: custo adicional para áreas de difícil acesso; 
  • TRT: taxa por restrição de tráfego (pode representar até 20% do frete).

Já no frete internacional, também incidem taxas como THC, ISPS, taxas alfandegárias, taxas de câmbio e tarifas específicas dos regimes aduaneiros adotados (ex: drawback, entreposto etc.). 

Cobranças adicionais 

Transportadoras podem aplicar outras taxas, de acordo com o contexto logístico. Entre elas: 

  • regiões com tráfego pesado ou sem carga de retorno; 
  • despacho, coleta, reentrega ou atrasos; 
  • agendamento de entrega; 
  • múltiplas remessas; 
  • custos fixos e variáveis (como combustível e manutenção); 
  • margem de lucro. 

No tipo internacional, essas cobranças incluem taxas de documentação, emissão de BL (Bill of Lading), carta de crédito, inspeções sanitárias, entre outras. 

Como otimizar o custo do frete 

O custo de frete é um dos pilares da eficiência logística e da competitividade empresarial. Quando bem gerenciado, ele deixa de ser apenas uma despesa operacional e passa a atuar como um diferencial estratégico. Para isso, é fundamental ir além do cálculo tradicional e adotar práticas que tragam ganho real de performance. 

Investir em tecnologias que utilizam inteligência artificial na logística, como a plataforma da Cargo Sapiens, aliadas a um planejamento logístico inteligente, permite reduzir custos, aumentar a agilidade das operações e entregar mais valor ao cliente. Empresas que priorizam inovação na gestão de fretes estão mais preparadas para enfrentar os desafios do setor e aproveitar as oportunidades que surgem em um mercado cada vez mais exigente. 

A adoção de sistemas especializados como a Cargo Sapiens, com algoritmos próprios como o Cortex para equalização de BIDs internacionais, permite reduzir custos, economizando até 19% em fretes, e ter ROI real nas operações.

Como a tecnologia pode ajudar a reduzir os custos de frete 

A tecnologia é uma aliada estratégica para quem busca mais controle, eficiência e economia nos processos logísticos. Soluções inteligentes, como a plataforma da Cargo Sapiens, permitem automatizar a cotação de frete, eliminar gargalos operacionais e transformar dados em decisões assertivas.

No frete internacional, o uso de soluções como a Cargo Sapiens automatiza o envio de RFPs, organiza propostas por rota/modal/moeda e calcula o TCO com base em dados transacionados — gerando economia real, mais compliance e eficiência. 

Ao centralizar informações, padronizar processos e gerar relatórios em tempo real, o sistema da Cargo Sapiens oferece ganhos tangíveis para transportadoras e embarcadores, como: 

  • cotações mais ágeis e precisas; 
  • redução no tempo de resposta aos clientes; 
  • aumento do volume de negociações e exportações; 
  • precificação mais alinhada ao mercado; 
  • ganho de produtividade e foco no que realmente importa. 

Se o objetivo é tornar sua operação mais estratégica e competitiva, adote agora uma tecnologia especializada como a Cargo Sapiens e conquiste o caminho para transformar o custo de frete em uma vantagem real para o seu negócio! 

David Pinheiro

Especialista em Supply Chain com mais de uma década de experiência no mercado de logística. Atuando como CEO e fundador da Cargo Sapiens, ele lidera iniciativas inovadoras para transformar o setor, combinando conhecimento técnico com uma abordagem estratégica e centrada em resultados.

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