Publicado em: 5 de setembro de 2025

Agro brasileiro exporta US$ 82 bilhões no 1º semestre de 2025 e mantém protagonismo

No primeiro semestre de 2025, o agronegócio brasileiro registrou exportações de US$ 82 bilhões, valor praticamente estável em relação ao mesmo período de 2024, com retração de apenas 0,2 %. O setor continuou sendo o principal motor da pauta comercial brasileira, representando 49,5 % das exportações totais do país. Contexto e destaques Mesmo diante da […]

No primeiro semestre de 2025, o agronegócio brasileiro registrou exportações de US$ 82 bilhões, valor praticamente estável em relação ao mesmo período de 2024, com retração de apenas 0,2 %. O setor continuou sendo o principal motor da pauta comercial brasileira, representando 49,5 % das exportações totais do país.

Contexto e destaques

Mesmo diante da queda nos preços internacionais, o agronegócio demonstrou resiliência com uma pauta diversificada e competitiva. Em junho, as exportações totalizaram US$ 14,6 bilhões, apesar da retração nos preços globais, como refletido por um recuo de 7,3 % no índice de alimentos do Banco Mundial.

Entre os produtos de destaque estão celulose (com recorde exportado), suco de laranja, farelo de soja, algodão, óleo de amendoim, ovos, gelatinas, pimenta-do-reino moída e chocolates com cacau. Esse mix variado evidencia a estratégia de ampliação de mercados liderada pelo Ministério da Agricultura. Outro marco importante foi o reconhecimento do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação.

Essa certificação fortalece a posição do país como fornecedor confiável e abre caminho para mercados de maior valor agregado. Em junho, a China permaneceu como maior destino das exportações agropecuárias, com US$ 5,88 bilhões (40,3 % da pauta daquele mês), seguida por União Europeia e Estados Unidos. Também houve crescimento nas vendas para Japão, Vietnã, Tailândia e Indonésia, sinalizando a expansão para mercados emergentes.

Implicações estratégicas para exportadores brasileiros

Oportunidades

A diversificação de mercados e o status sanitário reforçam a imagem do Brasil como parceiro confiável para alimentação global. A manutenção do volume exportado, mesmo com preços em queda, demonstra a força da cadeia logística e produtiva do setor. A abertura de novos mercados, especialmente na Ásia, representa oportunidades para agronegócios de todos os portes.

Riscos e desafios

A volatilidade de preços no mercado internacional pode impactar a rentabilidade no curto prazo. A consolidação de novos destinos exigirá esforços contínuos em negociação diplomática, logística e adaptação regulatória. Garantir sanidade e qualidade em todos os elos da cadeia permanece essencial. Qualquer falha pode comprometer ganhos futuros.

Recomendações estratégicas

Identificar produtores com capacidade de agregar valor aos produtos e acessar mercados de alto valor. Fortalecer ações promocionais nos países asiáticos emergentes — como Vietnã, Tailândia, Indonésia e Japão. Aprimorar práticas sanitárias, controles de qualidade e certificações que sustentem o valor premium da produção brasileira no exterior.

Perguntas estratégicas

  • Quais segmentos do agro brasileiro estão mais preparados para conquistar novos mercados com maior valor agregado?
  • Como fortalecer a resiliência dos exportadores diante de preços internacionais flutuantes?
  • Em que medida certificações sanitárias recentes podem ser usadas como vantagem competitiva nas comunicações de exportadores?
David Pinheiro

Especialista em Supply Chain com mais de uma década de experiência no mercado de logística. Atuando como CEO e fundador da Cargo Sapiens, ele lidera iniciativas inovadoras para transformar o setor, combinando conhecimento técnico com uma abordagem estratégica e centrada em resultados.

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